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terça-feira, 25 de maio de 2010

Amante

Segue mais uma poesia
Nós homens, ainda, envoltos de sentimentos, vontades, desejos e vinganças... Enfim espero que gostem
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A negra pele tem de bom tom.
Recoberta, cheia de luz e cor.
Boca pintada a suave batom
Cobre o sorriso que sara minha dor.


Cabelo que diz,
Olhar que escraviza.
Jeitinho menina que quer ser feliz,
Voz de mulher que me hipnotiza.

Lamentos? Sei que ela sorri
Sorrisos? Sei também que ela chora,
Vontade? Faz tudo isso de longe
Levando o que é meu embora.

Pára de deixar pra depois,
Pára de ser preguiçosa.
Não quero que esqueça o passado
Quero começar uma nova história.

Ruptura. Vida, amor, vontade.
Respeito. Desejo, ascensão, liberdade.
Postura. Devaneio e loucura em prol
De delícias.
Que delícia É esse amor natural.

Mulher, chega de rima numérica.
Chega de prosa.
Quero algo absurdo, desigual.
Com ou sem rosa.
Quer ficar aí? Não fique!
Vem pra cá
Mas Se um dia vier...
Cuidado, meu amor pode matar.

Está em duvida, estranha... Ame.
Ame com amor
Mas saiba que o amor também faz chorar.

Não te vejo já desde sempre
Não te toco já tem uma eternidade
Não ouço sua voz com freqüência
Não expresso toda minha verdade.

Cada minuto é um tempo
Um tempo que se perde, se passa.
Ainda adoeço,
Pois minha saudade se torna minha raiva.

Ai dos poetas que ainda sofrem
Sofrem dos mesmos males.
Anátema a mulher que vive
Vive mas não entende
Não sabe pra que nasce.

Mulher nasceu pra ser amada.
Mas amada com coragem.
Nasceu também pra dar amor
Por que senão, nem adianta, não vale.


Seja eu ressuscitado por você
Por que já padeço,
Aliás, já morri.
Morri por não ter você.

Quando vivo, era sem graça
Não a conhecia.
Quando te vi,
Aí sim entendi... percebi o que é vida.

Mas logo em seguida, também já morri.
E morro mais a cada dia,
Por que nunca a tive
Mas enxergo que bom que seria.

Desse lado não tem luz
Não vejo o que a religião me prometeu
Eu tenho agonia
Meu Deus, quem sou eu?

Não tive funeral
Nada de epitáfio nem sarcófago.
Começo falando de amor
E termino falando em ódio

Consolo eu não quero.
Sofrer é meu martírio
Ruína é minha casa
Escrever é meu castigo.

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