Pesquisar este blog

sábado, 5 de junho de 2010

Audácio de um coração

Eu em cena
disputando o território mais concorrido que a faixa de Gaza
Entre as verdades e mentiras
Entre o certo, e eu, - o errado!

Eis me aqui de olhos para o alto
Louquinteligente, insano
Frustrado e fazedor de rima
Editor das tropas urbanas

Sobrevivente...

Tudo em nome da batalha de cor
Tudo em nome desse espaço
Não entende?
... Nem Freud explica

Um batuque no atabaque
Que foi feito lá em angola
Nas épocas que minha terra era do rei e ele me direcionava
Deu batidas para que fosse eu, apogeu, com estrelas e riquezas
E hoje trouxe pra você, mulher, preto como eu


Fui feito de pura vida
De sorrisos
De momentos alegres
De brincadeirinhas, igual a Macunaíma, do grandioso Mário de Andrade

Fui feito da caatinga, do barro com água de cheiro

No meu barro já pisou sinhô
Já pisou sinhazinha
Burrinho já pisou
Andou Machado de Assis
Preto véio
Índio corredor
Índia sabida
Já pisou até padre
Dono de embarcação
Branco
Pobre
Pisou homem feliz e mulher tirana

Nasci

Meu cheiro? Continua
Beijo meu? é pra ser dado no Quilombo

3 comentários: